Igreja Guardada
O Período Tribulacional
A Bíblia diz que nos últimos dias haverá um período de grande aflição sobre o mundo inteiro, será um tempo de angústia e dificuldade, como nunca visto na história da humanidade.
Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais (Mt 24.21; Ap 11:2-3).
O mundo será alvo de muitas calamidades, pragas, fomes, perseguições e mortes.
Em toda a terra, diz o Senhor, as duas partes dela serão exterminadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela (Zc 13:8 - veja ainda: Ap 6:8;9:15).
Igreja na Tribulação
O Período Tribulacional
A Bíblia diz que nos últimos dias haverá um período de grande aflição sobre o mundo inteiro, será um tempo de angústia e dificuldade, como nunca visto na história da humanidade.
Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais (Mt 24.21; Ap 11:2-3).
O mundo será alvo de muitas calamidades, pragas, fomes, perseguições e mortes.
Em toda a terra, diz o Senhor, as duas partes dela serão exterminadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela (Zc 13:8 - veja ainda: Ap 6:8;9:15).
A Igreja Perseguida
A permanência da Igreja na Terra durante o período tribulacional é bastante clara na revelação profética exposta na Bíblia. O próprio termo "tribulação" deixa isso implícito.
A palavra "tribulação" é derivada do latim "tribulum", um instrumento usado para debulhar o trigo, separando-o do joio. Ao lermos a parábola do joio e do trigo (Mateus 13:24-30), entendemos que ambos serão separados na ceifa (fim do mundo).
Cremos que a Igreja será duramente perseguida nos últimos tempos pelo sistema político-religioso que se levantará sob o comando do anticristo.
"... Também lhe foi permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los" (Ap 13:7).
Sim, a visão geral é que a igreja será perseguida durante a grande tribulação. Essa perseguição começará de forma leve e paulatina, quase imperceptível e crescerá à medida que os cristãos se opuserem ao sistema anti-Deus implantado pela Besta.
"Então nos tempos do fim eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa" (Mt 24:9).
"Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles, até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino. Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim" (Daniel 7:21-26).
O profeta Daniel fala do tempo da grande tribulação ("um tempo, e tempos, e metade de um tempo"), ele diz que os santos do Altíssimo serão entregues nas mãos do anticristo, que durante algum tempo prevalecerá contra eles.
"Foi lhe dado [a besta] poder para guerrear contra os santos e vencê-los." (Ap 13:7).
Os "santos" mencionados aqui só podem ser os cristãos já que essa palavra é usada por mais de 60 vezes no Novo Testamento para se referir aos cristãos. Além disso, Ap 14:12 esclarece que os santos são aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus, ou seja, os cristãos.
Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus (Ap 14:12).
Em Apocalipse 6:9-11, lemos sobre os cristãos martirizados durante a história, clamando por justiça. Eles são direcionados a esperar por um pouco de tempo, até que se complete o número dos seus conservos que serão mortos por causa da fé em Jesus Cristo.
O sofrimento e o martírio fazem parte da grande tribulação. A perseguição frontal aos cristãos acontecerá na manifestação da Besta, quando o sistema de controle mundial for adotado, colocando fora de todo intercâmbio social, político e financeiro aqueles que não aderirem se curvarem ao domínio maligno do anticristo. Sem a marca de identificação, já não será possível comprar, vender, trabalhar, locomover-se, enfim, ter nenhum tipo de convívio social.
Aqueles que não tiverem a marca do sistema do anticristo serão perseguidos, presos e mortos.
Diante disso podemos concluir que a Igreja nos últimos tempos será uma Igreja distante das multidões, não por ser medrosa, mas isolada do convívio social por uma questão estratégica. A igreja, porém, continuará atuante, valorosa, evangelizadora e composta de membros fieis a Deus, que não têm medo de perder a vida e sofrer por causa do evangelho de Cristo.
Em Apocalipse 2:10-11 diz: "...Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. O que vencer não receberá dano da segunda morte". Também Apocalipse 7:14-16 traz promessas inefáveis para os que forem martirizados naquele tempo:
"... Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo... Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede, nem sol nem calma alguma cairá sobre eles".
A Igreja Protegida
Assim como Deus guardou os hebreus das pragas no Egito, nos dias de Moisés, assim a igreja de Cristo será guardada (protegida) pelo SENHOR nos dias da grande tribulação. Esta promessa, no entanto, é condicional, está aberta aos membros da igreja de Cristo, mas nem todos atendem os requisitos de Deus.
Em Apocalipse 3:10 diz:
"Como guardaste a palavra da minha perseverança/paciência, também eu te guardarei da hora de provação que há de vir sobre todo o mundo, para provar os que habitam na terra".
A palavra utilizada aqui "guardarei" não é o mesmo que "retirar", "arrancar" ou "arrebatar". Esse verbo (guardar/tereo) traz uma ideia de proteção, vigilância e cuidado. Note que o povo de Israel não foi arrancado do Egito durante as pragas, mas foi protegido por Deus de forma sobrenatural.
Observe também que o agir de Deus nesta promessa está estreitamente relacionado com os "atos retributivos" da igreja: "porque guardaste a palavra..." Aqueles que guardam a Palavra em meio a um sistema corrompido e anti-Deus, em suas leis e práticas, conservando a fidelidade às Escrituras na sua forma de pensar e agir; aqueles que creem e praticam a Palavra mesmo na grande tribulação...têm uma promessa: "Serão guardados/protegidos por Deus".
"Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do homem" - Lucas 21:36.
O que é preciso fazer para "escapar" de todas as coisas que têm de acontecer? Como esquivar-se, eximir-se de perseguições, prisões e mortes?
Lucas diz que a vigilância e a oração, o tempo todo, são os elementos indispensáveis para a vitória do crente. Deste modo, cremos que parte da Igreja será protegida de uma forma sobrenatural no período da grande tribulação.
Da mesma forma que é visível a morte de muitos cristãos como resultado de uma perseguição cruel, vemos que uma parte da Igreja permanecerá viva até o momento da segunda vinda de Jesus em glória. Esse grupo será preservado fisicamente em meio à tribulação e suas pragas, de uma maneira que transcende toda explicação natural, tal como a preservação do povo hebreu no Egito por ocasião das pragas. Tudo isso vai além de nossa compreensão limitada, entrando na esfera da atuação sobrenatural do Deus Altíssimo.
Como acontecerá essa proteção? Não temos todos os detalhes, mas é importante observar que muitos juízos no período tribulacional virão somente sobre os que tiverem a marca da besta (Ap 9:4), isentando de forma sobrenatural aqueles que se negarem a obedecer ao governo mundial do anticristo.
A boa notícia é que há uma promessa de proteção divina para a igreja e nem todos terão que passar pela morte.
"...os que estiverem vivos serão transformados (I Tessalonicenses 4:13-18).
Como será possível que alguns permaneçam vivos em meio à destruição e cataclismos tribulacionais? É preciso uma preservação sobrenatural de Deus guardando o seu povo.
Você deve lembrar que, durante o dilúvio, Noé e sua família ficaram o tempo todo neste planeta, embora protegidos por Deus das catástrofes.
Algo semelhante Deus fará com o seu povo durante a grande tribulação, ou seja, haverá uma proteção divina em meio ao sofrimento global.
Podemos supor que, assim como aconteceu com os primeiros cristãos quando foram perseguidos, os integrantes da Igreja da última hora passarão a se reunir de forma secreta em lugares longe das multidões, distante das observações das autoridades do sistema anti-Deus. Essas comunidades deverão ter algum sistema de sobrevivência e armazenamento de artigos básicos, mas a sua existência nessa realidade difícil será graças à proteção divina, que usará meios sobrenaturais e/ou a instrumentalidade de pessoas para ajudá-la.
O cuidado do ETERNO com vistas à preservação física de parte da Igreja, fica patente em Mateus 24:22:
"E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias".
Alguns pensam que escolhidos diz respeito ao povo de Israel. Porém, é digno de nota que todas as vezes que a palavra "eleitos" é usada no Novo Testamento refere-se à Igreja e não aos judeus (Rm 8:33; Cl 3:12; Ap 17:14). Veja, por exemplo:
"Pois quê? O que Israel busca, isso não o alcançou; mas os eleitos alcançaram; e os outros foram endurecidos" (Romanos 11:7)
O verso acima deixa claro que os eleitos são a Igreja, os cristãos, e não Israel.
Qual a causa de Deus abreviar os dias de sofrimento na grande tribulação? Os eleitos, os escolhidos. Se os eleitos fossem arrebatados ao Céu antes da grande tribulação e somente os ímpios ficassem aqui na terra, este versículo bíblico não faria qualquer sentido. O tempo de angústia será abreviado porque os eleitos estarão na terra e, por causa deles, Deus "abreviará" o período de tormento.
Na oração do Pai Nosso encontramos também luz sobre este assunto:
"E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém" (Mateus 6:13).
Quando oramos para Deus nos livrar do mal, obviamente não estamos pedindo que o Pai Celeste nos tire deste mundo e nos arrebate ao Céu; estamos pedindo que Ele nos proteja em meio às maldades que passamos aqui na terra.
De fato, todas as vezes que a Bíblia fala sobre guardar ou livrar das tribulações, ela diz no sentido de proteção em meio a, e não de tirar ou escapar destas adversidades.
A prova mais forte deste contraste entre "guardar" e "retirar" foi anunciada pelo Senhor Jesus em João 17:15:
"Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno" (João 17:15)
O que acontecerá com a Igreja na grande tribulação será exatamente o cumprimento da oração de Jesus: "não rogo que os tires do planeta Terra, mas que os guardes do Maligno" (Jo.17:15). Não seremos "tirados" desta terra, mas protegidos por Deus das investidas malignas.
José no Egito
É interessante observar que o período de fome interpretado por José no sonho do faraó foi de sete anos. O mesmo tempo que durará a tribulação dos últimos dias. Numa época de fome mundial, o Pai não retirou o seu povo do Egito, porém providenciou de forma milagrosa e surpreendente o suprimento para Israel em meio à fome.
Considerando todos os princípios abordados neste tópico, devemos preparar-nos para o porvir. A exemplo de José, que divinamente orientado e exercendo o seu dom de sabedoria, estocou provisões para sua sobrevivência em tempos difíceis, nós devemos, se formos consequentes com aquilo que afirmamos e cremos, fazer o mesmo, tanto no aspecto espiritual quanto no âmbito material.
O Espírito Santo no Período Tribulacional
O Espírito foi enviado à Igreja (Atos 2:1-13) e a Sua permanência na vida do cristão independe dos eventos políticos e sociais que transtornam o mundo. Em I João 5:19, o apóstolo nos revela que o mundo inteiro jaz no maligno. Mesmo assim, dia a dia muitas pessoas são salvas e isso só é possível pelo agir do Espírito Santo neste mundo.
Sabemos que esse sistema anti-Deus, chamado mundo, terá seu ápice com a revelação da Besta. Entretanto, mesmo diante do governo da Besta, o povo de Deus continuará sendo alvo do agir do Espírito Santo em suas vidas. Daí o alerta para estarmos cheios do Espírito Santo - (Mt 25:4; Ef 5:18).
Uma das missões do Espírito Santo é a de ajudar a Igreja em meio à tribulação, como fica claro em João 16:1-11 e em Lucas 12:11-12. Nosso Salvador disse: "E, quando vos conduzirem às sinagogas, aos magistrados, e às potestades, não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder, nem do que haveis de dizer. Porque na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar".
Essa é a realidade que aguarda a Igreja nos últimos tempos: a igreja dependerá muito da presença e do agir do Espírito Santo.
Conclusão:
"Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do homem" - Lucas 21:36.
Vigie e ore o tempo todo. Ore pedindo sabedoria e discernimento para escapar das armadilhas do diabo. Ore pela proteção divina. Ore para se manter fiel até o fim.
As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim - Lm 3:22.
A igreja precisa estar preparada para o porvir. Sei que hoje é preciso muito esforço para conseguir o "azeite do Espírito" e a tendência é ficar mais difícil à medida que nos aproximamos da grande tribulação. Saiba, porém, que "guardados ou martirizados", todos da igreja de Cristo serão glorificados ao soar da última trombeta. Aleluia!
Pense nisso e que Deus nos abençoe rica e abundantemente. Amém