O Amor nos Últimos Dias

16/06/2024

O amor natural, como o conhecemos, é um sentimento profundo, duradouro, estável e complexo, sendo necessário um longo período de convivência para que possa se consolidar. O amor natural está baseado numa relação de reciprocidade e cuidado com o ser amado.

O amor nos últimos dias desta era.

O que diz a Bíblia sobre o amor no fim dos tempos?

E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mateus 24:12.

Jesus alerta sobre o aumento da iniquidade e como isso resultará no esfriamento do amor de muitos. O contexto sugere que a crescente maldade e injustiça farão com que as pessoas se tornem mais egoístas, insensíveis e menos amorosas.

Por causa do enorme crescimento das injustiças, perversidades, arbitrariedades e outras impiedades, muitos humanos enfraquecerão no amor e se tornarão frios, insensíveis, descomprometidos com o próximo.

Paulo, em sua segunda carta a Timóteo (2 Tm 3:1-5), também descreve a depravação moral que caracterizará os últimos dias. Ele lista várias características negativas das pessoas, como egoísmo, avareza, arrogância e falta de amor.

Sabe, porém, isto: que nos últimos dias virão tempos difíceis. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. 2 Tm 3:1-5.

Esses comportamentos citados são sintomas de uma sociedade onde a iniquidade prevalece, corroborando com o que Jesus mencionou em Mateus 24:12.

Agora leiamos 1 João 4:16 que diz que Deus é amor. Leiamos também 1 Coríntios 13:8 que declara que o amor jamais acaba.

Pergunta: Se Deus é amor (1 Jo 4:16) por que haverá um esfriamento global do amor nos últimos dias?

A declaração de que "Deus é amor" em 1 João 4:16 enfatiza que a essência de Deus é o amor. Deus é imutável, logo o amor divino jamais acaba. Aqueles que permanecem em Deus permanecem no amor.

Diferente de Deus, o homem é um ser mutável, logo o amor humano pode sofrer variações à medida que ele se afasta da fonte inesgotável do amor, Deus. Aqueles que permanecem em Deus permanecem no amor.

Observe algo mais em Mateus 24:12:

  • Primeiro, o texto não diz que o amor findará, mas que esfriará, enfraquecerá.
  • Segundo, o texto fala de muitos e não de todos. Muitos esfriarão no amor, não todos.

Diante do exposto podemos concluir que há dois fatores principais que cooperam para o enfraquecimento ou esfriamento do amor humano:

1-O afastamento da verdadeira fonte do amor - Aqueles que permanecem em Deus permanecem no amor. Por outro lado, aqueles que se afastam de Deus enfraquecem no amor.

A fé é essencial para a comunhão com Deus, que é a fonte do amor. A fé vem pela Palavra de Cristo (Rm 10:17).No entanto, de acordo com Lucas 18:8, nos últimos dias haverá escassez de fé. Essa falta de fé está ligada ao abandono das Escrituras Sagradas, conforme 2 Timóteo 4:3-4, onde Paulo adverte que muitos buscarão ensinamentos que satisfaçam seus próprios desejos, afastando-se da verdade (Rm 10:17). Sem uma fé genuína, a conexão com Deus enfraquece, e com ela, a capacidade de amar verdadeiramente.

2-O envolvimento com fontes enganosas - O homem é um ser social e facilmente influenciado pelo meio. A sociedade em que vive está imersa na iniquidade, como descrito em 2 Timóteo 3:1-5, e esse ambiente torna-se hostil e adverso ao amor, porém, tremendamente influenciador. O crescimento da injustiça, perversidade e impiedade faz com que as pessoas fiquem na defensiva, frias e insensíveis, resultando em um enfraquecimento do amor ao próximo.

Embora Deus seja amor, o amor de muitos enfraquecerá nos últimos dias devido ao aumento da iniquidade e à diminuição da verdadeira fé.

1. O abandono das Escrituras e o apego às fábulas e ilusões da vida enfraquecem a fé e dificultam a comunhão com Deus, a fonte de todo amor.

2. A iniquidade corrompe as relações humanas, tornando as pessoas mais frias e insensíveis.

Essas duas realidades combinadas levam ao enfraquecimento do amor em um mundo cada vez mais distante dos princípios divinos.

Temos, portanto, uma admoestação para que os crentes permaneçam firmes na fé e no amor, apesar das dificuldades, das pressões externas e demais características da sociedade dos últimos dias.

Outra Pergunta sobre Mateus 24:12: Se a tendência dos últimos dias é o esfriamento do amor, por que se fala tanto em amor, inclusão, tolerância e coisas afins.

Primeiro precisamos diferenciar o amor que vem de Deus de outros sentimentos e paixões humanas.

O verdadeiro amor vem de Deus e é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.

E a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. (Rm 5:5).

O amor divino é um atributo de Sua natureza santa e perfeita. Não é possessivo, nem interesseiro, nem egoísta e jamais pecaminoso. O amor divino é perfeito, incondicional, altruísta, serviçal e sacrificial. João 3:16.

Se Deus é amor, o ser humano precisa estar ligado a essa fonte para que possa fluir em seu interior o verdadeiro amor. Isso significa dizer que, para que aconteça a experiência do amor que vem de Deus, o ser humano precisa estar em comunhão com a fonte do amor verdadeiro; Deus.

Uma pessoa sem comunhão com Deus apresenta uma versão distorcida do verdadeiro amor. Aquele que não está debaixo do governo de Deus não expressa o amor divino como deveria ser. O máximo que consegue é uma paixão humana, temporal, carnal, falha e muitas vezes pecaminosas.

Em vez de experimentar o verdadeiro e divino amor, o homem sem comunhão com Deus, será tendencioso para as coisas que agradam o seu próprio coração e, consequentemente, entram em choque com a Palavra de Deus: amor ao mundo, amor ao dinheiro, amor à mulher do próximo e outras paixões proibidas por Deus nas Escrituras Sagradas.

O amor que vem de Deus:

Ele é o autor, a fonte, Aquele que gera e faz fluir o amor; Ele é quem normatiza, norteia, determina e direciona o amor.

O amor gerado por Deus é também direcionado por Ele, de sua origem ao seu destino.

O destino do amor não pode ter como alvo algo proibido por Deus em Sua Palavra. Se isso acontece saiba que esse tipo de amor não vem de Deus, ele é carnal. O amor com destino proibido tem a sua origem no coração pecaminoso do homem, portanto, é um sentimento carnal e poderá trazer grandes prejuízos ao transgressor.

Deus, em Sua Palavra, proíbe diversos amores, entre eles:

· Amor ao Mundo - 1 Jo 2:15

Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.

· Amor ao Dinheiro - 1 Tm 6:10 - Mt 6:24

Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

· Amor a Mulher do Próximo - Dt 5:21 - Lv 18:20 - Mt 5:28

Não cobiçarás a mulher do teu próximo; não desejarás a casa do teu próximo; nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

Amor com foco proibido é carnal, não vem de Deus. Trata-se de um sentimento egoísta, possessivo, interesseiro, materialista, mesclado de paixões carnais que afloraram no coração humano e que são conflitantes com as Escrituras Sagradas. Portanto o amor carnal tem a sua origem na natureza humana caída, com suas falhas, limitações, imperfeições e tendências pecaminosas.

Os amores proibidos fazem parte da vida das pessoas que não vivem sob o governo de Deus. Os amores lícitos e verdadeiros fazem parte da vida das pessoas que se submetem ao governo do Espírito Santo: amor a Deus, à vida, ao próximo, aos familiares (à esposa, filhos, pais, irmãos), aos amigos, às boas obras, à meditação nas Escrituras, etc. são alguns exemplos de "amores lícitos, verdadeiros e do agrado de Deus".

Quem tem o Espírito Santo e é governado por Deus:

  • Manifesta o amor lícito e verdadeiro, que vem do próprio Deus. I Jo 4:16;
  • Consegue perdoar os ofensores e amar os próprios inimigos; Mt 5:44;
  • Ama a Deus com todas as forças, entendimento e alma; ama ao próximo como a si mesmo; Mt 22:37-38.

Conclusão

Muitos esfriarão nos últimos dias, mas você não precisa fazer parte da multidão. Queira viver no amor de Deus. Siga no amor de Deus.

Lembre-se que o amor que vem de Deus é graciosamente derramado nos corações de seus filhos, mas O SENHOR não nos obriga a amá-Lo.

  • É preciso que Deus seja o nosso tesouro maior, a razão de nossa existência, o único que é digno de toda honra, glória, louvor, devoção, adoração e amor.
  • E por amor a Deus em primeiríssimo lugar esforço-me para apresentar aos meus semelhantes, ao próximo, o meu amor, afeição, respeito, ajuda, compaixão e tudo o mais que deseja a minha alma que os homens façam a mim.

Se você é uma pessoa que ainda não experimentou a amor de Deus em sua vida. Se você ainda não entregou a sua vida a Cristo, você deve mudar imediatamente essa situação com uma rendição profunda a Deus.

Filho meu, dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos. Provérbios 23:26.

Submeta-se a Cristo agora mesmo, renda-se inteiramente a Jesus Cristo, dando-lhe o governo de seu coração.

Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças. Marcos 12:30.

Pense nisso! E que Deus nos abençoe rica e abundantemente! Amém!